AINDA ESCREVER

Móbile se diz daquilo que tem forma e material leves. O que se move suspenso no tempo. O que muda de posição num acordo ou num desacordo com o ar, o vento. Aqui, também, mínimo jogo para armar uma conversa, um campo tenso para não ter limite. Neste ensaio, Luciano Bedin da Costa – em companhia de Blanchot, Kristeva, Jabès, Nancy, Barthes e Cioran – traça um combate em nome da escritura e contra o que no presente é capaz de subjugá-la. Lança sua crítica ao pensamento acadêmico assediado moralmente pela lógica produtivista dos periódicos científicos que, enquanto regulares meritocráticos do gozo, acabam por instaurar um circuito de afetos impessoais marcado pela santa trindade escrever-publicar-produzir. Uma política do Texto evoca, então, uma dupla recusa – uma vigilância às formas e forças totalitárias da linguagem; uma operação de escrita e leitura que se instaure nesses vacúolos, que lhes ofereça corpo para que o sentido cumpra o que parece ser sua mais nobre função: derivar.

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